Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo, podendo afetar de 2% a 3% da população. No Brasil, estima-se que exista 1,5 milhão de pessoas portadoras de glaucoma.
Nessa doença, ocorre uma destruição progressiva da cabeça do nervo óptico, estrutura que leva a informação que chega no olho até o cérebro, nos permitindo enxergar. Trata-se de uma doença silenciosa que vai destruindo progressivamente a cabeça do nervo óptico. No início da doença, a maioria dos pacientes não apresenta sintomas, podendo evoluir com redução da visão e até mesmo cegueira nos estágios mais avançados.
Como o glaucoma é diagnosticado?
O glaucoma é diagnosticado em exame oftalmológico de rotina, no qual se realiza a medida da pressão intraocular (foto acima) e o exame de fundo do olho, para uma melhor avaliação do nervo óptico.
Em muitos casos é necessária a realização de alguns exames complementares para diagnóstico e seguimento da doença como: exame de campo visual, tomografia de coerência óptica (OCT) da cabeça do nervo óptico, retinografia, paquimetria, gonioscopia e teste de sobrecarga hídrica.
Quais os principais fatores de risco para o glaucoma?
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento dessa doença são: idade avançada (geralmente acima de 40 anos), história familiar em parentes de primeiro grau (aumenta em até 10 vezes a chance de o paciente desenvolver glaucoma), pessoas de descendência africana, alta miopia, trauma ocular, usuários crônicos de corticoide, dentre outros. Alguns estudos sugerem que o diabetes pode aumentar o risco de desenvolver glaucoma, assim como a hipertensão arterial sistêmica e algumas doenças cardiovasculares.
Quais são os tipos de glaucoma?
Existem diversos tipos de glaucoma, sendo os mais comuns os glaucomas primários de ângulo aberto e primários de ângulo fechado. O mais prevalente deles é o glaucoma primário de ângulo aberto, que constitui quase 2/3 dos casos, porém, os pacientes portadores de glaucoma primário de ângulo fechado têm maior risco de evoluírem para a cegueira.
O glaucoma tem cura? Como é o tratamento?
O glaucoma não tem cura, mas pode ser controlado se diagnosticado e tratado de forma adequada em seu estágio inicial. O tratamento pode ser realizado com o uso de colírios, realização de laser, cirurgias ou através de uma combinação desses métodos, que têm como principal objetivo reduzir a pressão dentro do olho e evitar a progressão da doença.
Embora o tratamento possa prevenir a perda irreversível da visão, ele não reverte os danos já causados pelo glaucoma. Por isso, o diagnóstico e tratamento precoce são extremamente importantes.
Quais precauções para evitar a doença?
O principal meio de prevenir que o glaucoma comprometa a visão é realizando exame oftalmológico periódico, de forma anual, para que se possa fazer um diagnóstico precoce e tratamento adequado, reduzindo as chances do paciente evoluir com cegueira por causa dessa doença.